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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Explosões em Beirute, Líbano



Líbano lida com devastação feita por explosões no porto | Agência ...
A  destruição  é bem visível, em Beirute
Parece uma maldição, o que aconteceu ontem em Beirute! Centenas de mortes, milhares de feridos, escombros por todo o lado, como se de um bombardeamento aéreo se tratasse. Não sei se foi acidente, ataque, atentado..., daqui ou dali. 

Sei que a vida é assim mesmo, esta absoluta imprevisibilidade. Um mistério de que quase nada sabemos. Um caminho com mais espinhos e lágrimas, do que rosas e risos. A vida consome-nos. 


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sábado, 16 de maio de 2020

O pai que matou a filha…


Pode um ser humano portar-se daquela maneira? Pode um ser humano bater na filha até à morte, torturando, não pedindo auxílio, escondendo o corpo, no meio do eucaliptal…e continuar como se de um simples desaparecimento se tratasse?

Pode e aconteceu.

A humanidade não é, em nós, uma qualidade, natural ou adquirida, é uma escolha permanente, entre ser uma besta ou um humano; a humanidade é uma decisão pelo bem, esse, sim, uma noção inata, não há ninguém que não saiba o que é o bem, o ponto é saber por que escolhe o mal.

Claro que virão desculpas de desequilíbrio mental, alucinação, psicose…, o que seja. Mas é preciso que exames médicos o comprovem.



sábado, 18 de janeiro de 2020

Venezuela, continua o êxodo


Milhões de pessoas em fuga, é assim. A crise não tem fim e a vida torna-se impossível na Venezuela. São já cerca de 5 milhões de refugiados, sobretudo, na Colômbia, mas também noutros países vizinhos; no Peru, por exemplo, são já quase um milhão.
Pessoas em desespero, por um prato de comida, um medicamento…; enquanto, Maduro e os seus acólitos negam a realidade e continuam a fazer o impensável, como tentar impedir que Juan Guaidó entrasse na Assembleia Nacional. Ao enfrentar as barreiras policiais, mostrou uma vez mais a sua coragem.


A morte de Giovani, o jovem cabo-verdiano


Foi morto em Bragança, um jovem de 22 anos, cabo-verdiano, da ilha do Fogo, que estudava no Pólo de Mirandela do Instituto Superior Técnico. Não sei se foi um crime de ódio, racial, espero que não. É inaceitável que, em 2020, em sociedades tão abertas e multirraciais, com tantas nacionalidades e culturas, possam acontecer crimes desta natureza.
Lamentáveis equívocos, podem ter prejudicado chegar, mais cedo, à verdade do que aconteceu. A primeira chamada para os bombeiros é para assistir um jovem bêbedo, intoxicação por álcool, não referem a agressão com uma bastonada na cabeça…
O pai do jovem queixava-se de ninguém ainda ter sido identificado, embora na cidade de Bragança todos saibam quem agrediu o grupo dos quatro cabo-verdianos e matou o seu filho.
Ontem, a polícia judiciária identificou cinco jovens que, depois de ouvidos por uma juíza, ficam em prisão preventiva. Dizem que mataram por motivos fúteis. Não sei que diga… Não se pode morrer assim, não pode mesmo!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Tropa de elite, o filme

Todo o filme é perturbador. Tem um dramatismo e uma intensidade tais que, durante o mesmo, quase não conseguimos pensar. Tudo se mistura: traficantes, consumidores, pessoal da Ong - uns altruístas, outros que trabalham aí apenas para poderem ter acesso mais fácil à droga, tornando-se traficantes eles próprios – pessoas que sobem e descem, policias corruptos, polícias sérios, os que não entendem o sistema, os que querem mudá-lo..., um quotidiano policial que, no caso da tropa de elite, encarregue de fazer a segurança do Papa,  em 1997,  é demasiado perigosa.
Como sempre, são os sentimentos a fazer as grandes histórias – o protagonista, o capitão Nascimento, comandante daquela patrulha – não resiste ao pedido da mulher que lhe entra na esquadra e pede: “Quando posso enterrar o meu filho?” “Não matámos o seu filho”. O filho tinha sido morto a mando de Baiano, o comandante dos traficantes, por ter quebrado alguma das regras, sabe-se bem como estes sujeitos são implacáveis. Tem de encontrar aquele jovem, para que a mãe o possa enterrar. Sobe a favela com outros policiais, percorre becos, interroga, tortura mesmo, de forma pouco ortodoxa, outros rapazes na intenção de o encontrar. 
Assistimos à sua desorganização mental, às consultas de psiquiatria, aos comprimidos, à violência continuada, ao subir e descer constante, à família que fica para trás, não se está quando a mulher faz a primeira ecografia, não se está quando nasce o filho. Não se pode estar, simplesmente. Maldita vida, tem que sair da policia, quer sair. Não aguenta mais, mas não pode deixar a patrulha sem comando, inicia um curso, tem de deixar alguém a siubstitui-lo, treina um grupo de homens de onde sairá o chefe da BOPE,  E saiu,  Neto,  um policial incorruptível, que é morto as ordens de Baiano.  Mais uma vez os sentimentos, o capitão Nascimento não sairá sem que Baiano seja capturado e morto; é então quando Matias, amigo de infância de Neto,  toma o comando, por impossibilidade de dizer não. Ficamos com a certeza de que ficou bem entregue, mas atormenta-nos a ideia de que continuarão os tiros, as mortes e tudo o mais, pois, por mais eficiente que seja a repressão, ela nunca dá as respostas desejadas.

sábado, 17 de setembro de 2011

174, Última Parada

É um filme sobre meninos da rua, no Rio de Janeiro. Tem tudo o que estamos à espera: violência, tráfico, consumos, roubos, favelas..., a sobrevivência mais absoluta. O que mais impressiona é a escalada de uma criança, Ale, no mundo do crime. Impressiona ver como se perdem valores, sentimentos, referências..., como se passa por cima de tudo, como se engana, mente, trafica, mata...e, consequência inevitável, um dia é-se também assassinado. Ale foi capturado e morto a tiro pela polícia, na última paragem do  autocarro 174, quando levava a cabo mais um sequestro.  Assistir à desumanização  deste jovem, quase criança, sem que ninguém tenha podido fazer nada, nem a  (suposta) mãe que, julgando ser o filho que o pai lhe tirara dos braços ainda criança, faz tudo, tudo mesmo, para o recuperar; nem Valquíria, a senhora da associação,  que, embora não desistindo dele, lhe diz, "não posso ajudar quem não quer ser ajudado". Há na vida do jovem uma espécie de precipício,  um buraco negro, sempre cada fez mais fundo, de que nunca se vislumbra vontade de sair, como se uma inevitabilidade lhe perturbasse o ser e lhe marcasse o destino.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Massacre numa escola do Rio de Janeiro

Já por diversas vezes escrevi sobre esta violência extrema, inesperada, trágica, que ensombra as sociedades contemporâneas. Um jovem entra na sua antiga escola e de arma na mão mata doze crianças. Um massacre planeado ao pormenor, durante nove meses, deixando escritas justificações e  motivos, num emaranhado de loucura, desequilíbrio e ressentimento, como se o seu acto pudesse  servir para algo.  Desgraça, apenas, multiplicada por muitas famílias, a sua inclusive (embora pareça  que o seu corpo não foi reclamado por ninguém).

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sempre, a violência

Há três dias, um motorista reformado, de 65 anos, mata a tiros de caçadeira dois vizinhos por supostamente um deles estacionar de forma sistemática um carro em frente de sua casa. O motivo parece ridículo, e é. Não é motivo, não pode ser motivo, para tamanho descontrolo e para tamanho tiroteio. Mas foi. Talvez este homem se tenha sentido mil vezes desrespeitado, pelo abuso e a arrogância de quem mesmo sabendo como isso era perturbador para este senhor continuava a estacionar o carro naquele sítio. Mas também isto não pode justificar o que aconteceu. Talvez a perturbação mental, nestes casos, e há muitos, seja sempre a justificação mais plausível. Não sei. O que sei é que a violência humana é inata, o mal faz parte de nós; mas as armas não, ninguém nasceu com armas e munições na mão. A questão das armas é temível,a quantidade de armas legais e ilegais que andam por aí são mortes em potência. Isto é uma certeza, como se tem visto, não apenas em Portugal.