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sábado, 20 de dezembro de 2008
A loucura do ditador
Sempre o inqualificável Mugabe e a sua insanidade mental a determinar a agonia de um povo. A negação da realidade, é absurda. Não vê a cólera, a fome, a miséria, a opressão. Nada existe, tudo está controlado e bem. Negar a evidência seria tolerável, se este senhor estivesse internado num hospício, mas não está, é presidente dum país. Se a comunidade internacional continuar a assistir sem nada fazer ou a fazer tão pouco que nada se vê feito torna-se cúmplice do ditador por omissão ou falta de firmeza. Estão à espera do quê, que ele morra? Vêm-me à ideia a palavra cobardia.
domingo, 7 de setembro de 2008
Rania, a menina armadilhada
25 agosto. Rania, uma menina de 13 anos, iraquiana, armadilhada, preparava-se para cometer um atentado suicida, na cidade de Baquba. Desiste no último momento. Não foi capaz.
Por que razão o terá feito? Medo, (in)consciência, impossibilidade, desespero, instinto de sobrevivência ... ? Por que utilizam meninas como máquinas para matar? Porque escapam mais facilmente aos controlos policiais, dizem. A maldade humana não tem limites e o fanatismo também não.
Voltará à sua família, ao seu ambiente social? Será rejeitada? Que medos percorrem o seu corpo e a sua alma? Precisa de ajuda, mas como podemos ajudar estas crianças e adolescentes?
Por que razão o terá feito? Medo, (in)consciência, impossibilidade, desespero, instinto de sobrevivência ... ? Por que utilizam meninas como máquinas para matar? Porque escapam mais facilmente aos controlos policiais, dizem. A maldade humana não tem limites e o fanatismo também não.
Voltará à sua família, ao seu ambiente social? Será rejeitada? Que medos percorrem o seu corpo e a sua alma? Precisa de ajuda, mas como podemos ajudar estas crianças e adolescentes?
terça-feira, 22 de julho de 2008
Finalmente, preso
Ontem, prenderam o criminoso de guerra, Karadzic, há 13 anos fugido à justiça internacional do Tribunal de Haia. É muito tempo, demasiado, sobrevivendo com cumplicidades, disfarces e artimanhas. Choca pensar que só agora , quando a Sérvia está interessada em aderir à União Europeia, comece a preocupar-se com este e outros criminosos, a prendê-los e a entregá-los; é perturbador que este senhor, um médico psiquiatra , tenha exterminado milhares de pessoas, seria de supor que alguma coisa soubesse sobre a psicologia e a alma humana, mas não, foi capaz das maiores atrocidades; o que pensarão agora as pessoas a quem este homem, disfarçado de médico de medicina alternativa, tratava numa clínica de Belgrado? Acreditam? Acham impossível? Estão horrorizadas? É medonha a mente dos assassinos. Têm de ser medonhos os olhos deste sujeito. Espera-se que possa finalmente ser julgado, que não aconteça o que aconteceu com o Milosevic.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Índios brasileiros
Há uma semana atrás dois representantes de um povo índio foram recebidos por deputados da Assembleia da República portuguesa. Têm uma história e querem contá-la. Têm uma luta e precisam de ajuda. Não impressiona o seu ar diferente, as penas na cabeça, impressiona sobretudo o que sentem e o que dizem. Falam de dignidade, de direitos e de respeito por um povo e uma terra que lhes pertence. Sempre, pertenceu. Antes, ninguém invadia as suas terras, incomodava as suas caçadas, destruía as suas florestas, poluía os seus rios, mandava nas suas vidas. Agora tudo mudou. Alguém destruiu o que era deles, sem pedir ordem, sem pedir licença, sem consideração. Alguém invadiu e roubou os seus haveres. Isto é maldade, mesmo que tenha por base uma decisão política. A política não se faz contra as pessoas e os povos, mas com eles.
Os índios não querem donos, nem patrões, nem homens brancos, que apareçam a ensinar tudo e nada queiram aprender em troca.
Os índios não querem donos, nem patrões, nem homens brancos, que apareçam a ensinar tudo e nada queiram aprender em troca.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Liberdade para os prisioneiros
Ontem, Ingrid Betancourt, com mais catorze reféns, foi libertada, depois de anos prisioneira das FARC, na selva colombiana. Aparentemente, todos estão bem, sorridentes, felizes, junto de familiares. Mas, só aparentemente, quem passa por uma situação limite desta natureza não pode mais ser o mesmo. O que impressiona mais é a capacidade de resistência do ser humano, apoiada ou não na crença, ninguém sabe os seus limites. Aguentamos muito, demasiado. Sobrevivemos a tantos dramas, a tantos tormentos, que às vezes nem nos parece possível!
Que imagens, pesadelos, horrores e delírios povoaram os anos de cativeiro? Deixaram a selva, mas talvez nunca mais deixem uma imensidão de nódoas negras, por mais invisível que seja.
Que imagens, pesadelos, horrores e delírios povoaram os anos de cativeiro? Deixaram a selva, mas talvez nunca mais deixem uma imensidão de nódoas negras, por mais invisível que seja.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Espécie de democracia, não existe
A conferência que ontem teve lugar numa instância balnear egípcia, dos representantes da União Africana mostra bem o entendimento que a maioria daqueles senhores tem da democracia: não se pode agir contra Mugabe, porque há outros ditadores e farsantes democratas à volta da mesa. Nem sequer, no documento final, é dito que as eleições foram condicionadas e injustas, condena-se apenas a violência. Assim, não. O argumento daqueles que advogavam que é preciso deixar os africanos resolver os problemas de África, cai por terra, já se viu que eles não o fazem. É preciso que a ONU intervenha, já passou tempo de mais. Do que estão à espera?
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Uma situação insustentável
O que se está a passar no Zimbabué ultrapassa o que se pode pensar como possível, mesmo tendo em conta a total maldade do ditador e dos seus comparsas. Para mim, é um caso de sanidade mental, Mugabe não pode estar em perfeito juízo, não pode. O que fazer? Esperar que Deus o tire do lugar, a única forma possível, como diz o próprio, ou obrigar, por pressão das opiniões públicas mundiais, a ONU e outros organismos a fazer alguma coisa de substantivo? Não chega condenar, não reconhecer, impor sanções, porque nada resulta. Este homem não pode continuar no poder. A farsa é desmesurada, maior só a miséria do povo.
Não há outro interlocutor no regime? Mas há oposição, que o povo já legitimou, por que é que a comunidade internacional não tem isto em conta? Esperamos para ver.
Não há outro interlocutor no regime? Mas há oposição, que o povo já legitimou, por que é que a comunidade internacional não tem isto em conta? Esperamos para ver.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Má sorte, ser imigrante ilegal
Ontem, a Comissão Europeia aprovou a nova lei do repatriamento de imigrantes ilegais. Na verdade, não podem entrar na Europa todos aqueles que o desejem , é preciso regular os fluxos e garantir-lhes condições mínimas. Mas, em muitos casos, a imigração ilegal é o fim da linha, não têm outra saída. São repatriados, mas voltarão a tentar de novo, porque em muitas regiões do mundo, as condições de vida agravam-se, a cada dia que passa. Hoje, mesmo, milhões de pessoas irão dormir com fome, sub-nutridas, vulneráveis a doenças e a epidemias que as deixarão marcadas para o resto das suas vidas ou as levarão a uma morte prematura – a SIDA é o caso mais flagrante, com dimensões devastadoras, mas continuam a matar a malária, a tuberculose, a cólera, etc. Hoje, mesmo, milhares seres humanos voltarão a cruzar desertos, continentes e oceanos, para chegar à Europa. Não têm alternativa. É de uma alternativa que precisam, os políticos europeus e mundiais têm a obrigação moral de a encontrar ou então a política vale muito pouco.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Antiga Birmânia III
Finalmente, aquela Junta Militar, inclassificável, começa a deixar entrar a ajuda internacional, dias depois do Enviado Especial do Secretário Geral da ONU ter chegado ao país.
O mais incrível é que o fazem não preocupados com as mortes e as doenças dos milhares de vítimas mas por estratégia e sobrevivência próprias. De alguma coisa serviu a pressão internacional, classificando o que se passava como um crime contra a humanidade, sabemos que já, no passado recente, alguns ditadores pagaram por tal crime. Apesar de tudo, ainda bem.
O mais incrível é que o fazem não preocupados com as mortes e as doenças dos milhares de vítimas mas por estratégia e sobrevivência próprias. De alguma coisa serviu a pressão internacional, classificando o que se passava como um crime contra a humanidade, sabemos que já, no passado recente, alguns ditadores pagaram por tal crime. Apesar de tudo, ainda bem.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
"Tenho de ir, é meu amigo"
Outra vez tiroteios nas ruas de Beirute, as mesmas imagens de fuga e desespero. Os extremismos de sempre a mostrar a sua intolerância. Até quando? Aquela mãe, chorando a morte do filho assassinado, quando foi ao enterro de um amigo, também assassinado, é de uma profunda dor. Diz que lhe pediu para não ir e ele lhe respondeu: - Tenho de ir, é meu amigo.
Ficamos a pensar: a amizade ainda vale alguma coisa, pode valer até a vida, como neste caso.
Ficamos a pensar: a amizade ainda vale alguma coisa, pode valer até a vida, como neste caso.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Rasto de morte, na antiga Birmânia
A crueza das imagens do ciclone e dos poucos relatos que chegam dão a dimensão da tragédia, sempre a aumentar. Para o governo são 22 mil mortos, para os diplomatas dos Estados Unidos mais de 100 mil, como se uma guerra de números, nestas circunstâncias, fizesse qualquer sentido. A incrível burocracia, as dificuldades nos vistos e os entraves à ajuda humanitária, mostra a paranóia daquela Junta Militar que governa o país. Até onde é que isto chegará? Os organismos da comunidade internacional têm de ter alguma capacidade de ingerência quando se trata de casos assim, não podemos ficar à espera, quando esperar significa deixar morrer milhares e milhares de pessoas.
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