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     Ainda há apenas seis meses, Gloria vivia com um modesto
    rendimento, mas suficiente, na região poeirenta de Darfur, na parte
    ocidental do Sudão. Agora tem de sobreviver com um punhado diário de milho,
    numa tenda fustigada pelo vento, num campo de refugiados do UNHCR/ACNUR, na
    fronteira com o Chade, esperando pacientemente pelo dia em que possa regressar.
    Tudo começou quando milícias invadiram a sua aldeia, disparando armas de
    fogo e desferindo golpes de catana. Receando a morte, Gloria esperou o cair
    da noite para fugir para o deserto. Caminhou durante dias e dias, comendo
    apenas insectos e raízes, lutando contra um vento incessante carregado de
    areia, até ser finalmente encontrada por uma equipa do UNHCR/ACNUR que
    trabalhava no terreno. As suas provações terminaram finalmente.            | 
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