Este ano o Prémio Nobel da Paz foi atribuído a duas
pessoas que denunciaram a violência sexual sofrida pelas mulheres nos conflitos
armados.
Nadia Murad é uma jovem yazidi, nascida no Curdistão
iraquiano, que sofreu na pele a violência do estado islâmico; viu a sua aldeia
destruída, grande parte da sua família morrer, enquanto era levada para ser escrava
sexual. Ao fim de três meses, conseguiu libertar-se, vive agora na Alemanha. Escreveu
um livro, falou nas Nações Unidas e viajou por diferentes países dando conta das
atrocidades que viveu.
O médico, Denis Mukwege, é congolês, construiu um
hospital para atender as meninas, as jovens e as mulheres que, após brutais violações, chegam até si em situação
física e moral de grande sofrimento. Há relatos pungentes. Fez da sua vida a causa destas mulheres, tratando-as e denunciando a barbárie.
Agora, não podemos dizer que não sabemos do que se
passa. Ainda bem que este prémio lhes foi atribuído, é um enorme
ganho para a causa destes dois seres humanos.
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