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terça-feira, 11 de junho de 2013

Manifestações por direitos individuais, Turquia

As manifestações na Turquia, como já antes noutros países, vieram por em evidência que o homem é um animal político, com um natural sentido de justiça e de vida cívica, por mais que os regimes se possam empenhar em coartar as liberdades individuais dos seus cidadãos.
Afinal, os jovens turcos não estão amorfos, há capacidade de indignação. Outra coisa é saber se há, e em que termos, capacidade de organização e de proposta política consistentes para mudar aquele estado de coisas. Reivindicar eleições para depois radicalizar mais ainda, não chega. A abertura começa pela educação, pelas universidades, pelo debate livre e responsável de novas ideias e projectos, onde a liberdade individual seja absolutamente respeitada, mesmo a daqueles que vêm o islão como o princípio e o fim de tudo.
Mas, não pode, também, a religião impor práticas que ponham em causa essa liberdade. A decisão de beber ou não álcool, de ter ou não ter filhos, de abraçar-se ou de beijar-se na rua,…, não é do estado, é dos indivíduos, dentro do respeito intransigente de uns pelos outros. A sociedade turca, culta e desenvolvida, compreende muito bem isto. A abertura acontecerá, estou em crer.



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