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domingo, 12 de junho de 2011
Crianças de Maputo
Era um grupo de meninos, seis, sete, que tomavam banho, numa espécie de lago, numa das saídas de Maputo. Pareciam felizes, tal a algazarra e tais as brincadeiras que faziam. Observo-os, durante algum tempo. Dizem-me que são meninos de rua que sobrevivem revoltando os caixotes do lixo dos hotéis e das zonas ricas da cidade, e que, a maioria, não regressa a casa, nunca. São meninos fechados na rua, que deambulam perdidos de si mesmos, das famílias, das instituições públicas e das ONG’S, que as há, mas que eles repudiam por impossibilidade de cumprirem qualquer regra, de assumirem qualquer compromisso, de quererem qualquer proximidade. São crianças muito vulneráveis, entregues aos perigos das máfias e outros abusos.
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