Obama ganhou, e muitos ganharam com ele. Acreditamos que o mundo todo ganhou, pela importância e pelo simbolismo da sua eleição . Tenho uma crença desmesurada em Obama, aliás, há nele algo que ultrapassa a medida, o formatado, o predefinido, por mais que alguns digam que nele tudo é racionalidade e autocrontolo; não, há nele acontecimento, revelação, profundidade, sentimento, algo que vem do lugar mais recôndito da alma humana.
Obama é ele, mas não é apenas ele. Quando fala na senhora de 106 anos, Ann Nixon Cooper, pertencente à primeira geração de negros depois de abolida a escravatura, e que só votou pela primeira vez aos 66 anos, torna presente uma história, um povo, vidas, muitas vidas. O que se terá passado na cabeça e na alma dos que o escutavam? As lágrimas de muitos, diziam tudo.
Enquanto isto, numa aldeia do Quénia, uma família e uma comunidade dançam com ramos de árvores uma dança africana. Foi bonito. Há dias assim.
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