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domingo, 19 de outubro de 2008

A fome, lá longe e não só

Vi na televisão, há dois dias, quando tanto se fala e tanto se explora a crise, mesmo a um nível que, muitas vezes, não respeita, como é dever da imprensa, a dignidade das pessoas - fazem perguntas, mostram primeiros planos de rostos, mãos, etc. e recantos de miséria que não são necessários para todos percebermos tudo - um jovem pai paquistanês dizer: "não temos nada para comer. Não tenho comida para os meus filhos, o melhor é matar-me a mim e a eles". Demasiado forte. Demasiado brutal. Demasiado tudo. E o mundo assiste, uns manejando estatísticas, números, planos contra a crise, sem nunca fixarem um rosto, imunes às tragédias mesmo que tenham o poder de decidir sobre estas vidas ; outros fazendo o que podem, em associações, por conta própria, etc. , ainda assim são os únicos que fazem a diferença.

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