Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

O inferno da Líbia

É um país com dois governos, um em Tripoli (reconhecido pela ONU) e o outro nas zonas controladas pelos rebeldes. As inundações foram devastadoras. Devidas, ao tal furacão, para o qual não houve os avisos meteorológicos necessários; às infra-estruturas inexistentes ou tão precárias que, sem manutenção, não resistiram, como as duas barragens que ruíram, uma à beira da cidade de Derna, arrasando tudo. Mais de 11 mil mortos já contados, mas que podem atingir os 20 mil, segundo as autoridades. Somam-se, as dificuldades da ajuda humanitária, em chegar e em ser devidamente distribuída, pelas mesmas divisões politicas e estruturais do país.Ameaça a cólera e outras doenças…

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

“Esta tarde vou trançar”, disse-me

A cabeça das meninas parece uma obra de arte. Literalmente, tais são os feitios e os modos de trançarem os cabelos. Passam horas a fazer aquelas trancinhas pequeninas, tantas, que parecem não acabar nunca! Umas ficam coladas à cabeça formando linhas, umas vezes paralelas, outras vezes curvas, ou formando uma espécie de figuras, simétricas, em ordem ou desordenadas, mas sempre bonitas. Outras vezes, fazem tranças soltas, trançando com a ajuda de um fio ou de um cabelo sintético, próprio. São muitas as maneiras de trançar, quase tantas como a imaginação de cada uma. Trançar exige saber, paciência, disponibilidade e, também, amizade. São as amigas que trançam às amigas, quem não tem amigas disponíveis fica, dias a fio, com a toalha enrolada à cabeça, à espera que alguém lhe queira trançar os cabelos.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Não há determinismo

Quando a criação humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança a sua alma, todo o universo conspira a seu favor”. Goethe Sei que serão os poetas, os escritores, os filósofos, os músicos, os pintores, os cientistas... os primeiros a sonhar, a inventar e a mudar a realidade. Sei que há um potencial e uma redenção para a humanidade que passa por aqui, pelo que formos capazes de criar. Criar do nada, da parte ou do todo. A importância da escrita é incomensurável (Foto: Istock)

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Mais dezenas de mortes ...

Foi na semana passada. Eram 101 migrantes clandestinos, todos do Senegal, à exceção de um da Guiné-Bissau. Passaram 41 dias à deriva no mar, numa piroga, sem combustível e alimentos. Durante este tempo, 56 morrem à fome e são atirados ao mar (não podiam fazer outra coisa). Quando o barco de pesca espanhol, os resgata e leva para um porto na ilha do Sal, Cabo Verde, restavam 45 e destes 7 já cadáveres. Salvaram-se 38. É grande a tragédia que se repete, dia sim, dia não, no Atlântico, no Mediterrâneo e noutros locais do mundo. É-me incompreensível que os líderes mundiais não consigam encontrar respostas mínimas para a pobreza extrema em que vivem milhões de seres humanos. O barco à deriva (Foto: Lusa e SIC notícias)

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Povos sem Estado

Há por todo o mundo, povos com uma identidade nacional, territorial, cultural, linguísti-ca…, mas que, em algum momento da história, foram dominados, divididos ou anexa-dos por povos invasores, perdendo a sua independência. Alguns têm milhões de pessoas: Curdos: 32 milhões, vivem no Curdistão, uma vasta área, a maior parte fica na Tur-quia, mas também no Iraque e Irão, Síria e Arménia. Palestinos: 7 milhões, vivem Palestina, parte das suas terras são hoje do Estado de Israel que continua a construir colonatos. Tibetanos: 6,2 milhões, vivem nas montanhas mais altas do mundo, anexados pela China. Bascos: 2,2 milhões, reivindicam as terras, onde sempre viveram, entre a Espanha e a França, países que os anexaram. Chechenos: são 1,2 milhões, vivem na Chechénia, nas montanhas do Cáucaso e são dominados pela Rússia. Como é que estes povos, podem aceitar estas injustiças históricas? Dificilmente, em todos há movimentos políticos separatistas, compreensíveis, desde que não usem a violência e o terrorismo. Tem de ser à luz do direito internacional. O nmaa do Curdistão

terça-feira, 8 de agosto de 2023

A humanidade do Papa (JMJ, 2023, Lisboa)

Está lá, inteira. Está na proximidade, nas palavras, nos olhos que fixam, no sorriso, nos gestos que abençoam crianças, tocam e cumprimentam muitas pessoas. Está, quando abraça e é abraçado. Recordo aquela peregrina da Guatemala que, depois de ser confessada pelo Papa, lhe pede: «somos ambos latino-americanos, posso dar-lhe um abraço? E o Papa deu, como não ia dar! Todos querem tocar o Papa!

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Jornada Mundial da Juventude 2023, Lisboa

Estou a acompanhar, em alguns momentos, a Jornada Mundial da Juventude e fico particularmente tocada pelas imagens de pessoas, mostrando a sua individualidade mais autêntica. De alguém que reza, canta, se emociona e recolhe para uma interioridade de que não somos capazes de falar…, se calhar nem os próprios. Há uma dimensão, da ordem dos sentimentos e das emoções, no acontecimento, que nos ultrapassa, verdadeiramente. Missa inaugural (Foto: RTP)