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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dignidade

A dignidade não é um conceito simples, apenas, da ordem do racional, dos princípios objectivos – liberdade, respeito, justiça – incorpora também valores subjectivos, da ordem dos sentimentos, das crenças e das convicções mais profundas que determinam o modo como as pessoas se vêem e se  valorizam a si mesmas e querem que os outros as vejam e valorizem, diz tudo sobre o que somos e também sobre o que queremos ser. Cada um ao questionar-se sobre: - O que há em mim que jamais poderei pôr em causa, sem deixar de ser eu próprio? O que guardo eu, no reduto mais escondido de mim mesmo? – encontrará respostas, pertença a que lugar, cultura ou religião pertencer.
Por isso, quando dizemos: “Sou isto e não aquilo que os outros querem que eu seja, determino o meu viver pelos meus valores, as minhas crenças e os meus sentimentos”, falamos do que verdadeiramente nos faz a pessoa que somos. A nossa dignidade é algo inviolável, não a podemos suspender, ferir, maltratar, negociar, trocar…, nem deixar que outros o façam. A dignidade não tem preço, porque não tem equivalente, nada a substitui. “No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se, em vez dela, qualquer outra coisa como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então, ela tem dignidade.” (Kant, 1991:77).