“Fui sequestrada (pelo exército de Resistência do senhor)
quando eu e a minha mãe íamos para o campo…Outra das meninas sequestradas
procurou escapar, mas apanharam-na. Os rebeldes disseram-nos que tinha tentado
fugir e por isso devia morrer. Mandaram os meninos mais novos matá-la. Disseram-nos
que se tentássemos fugir matariam as nossas famílias. Fizeram-nos caminhar uma
semana… Algumas das crianças mais pequenas não puderam acompanhar o passo, caminhávamos
muito sem descansar, e mataram-nos.. Algumas das crianças morreram de fome.
Senti-me impotente a ver tantas crianças a ser assassinadas. Pensei
que me iam a matar.”
(É o caso de uma criança do
Uganda, nos anos oitenta do século passado, mas hoje mesmo, 2015, o sequestro é um acontecimento banal.O Boko Haram, na Nigéria, acaba de o fazer, mas há muitos mais grupos terroristas que o fazem ).