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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O camareiro

Há poucos dias, assisti a esta peça, em cena no Teatro Nacional D. Maria II, e, como acontece com o bom teatro, toda a vida humana, com as suas tragédias, comédias e contingências, passa pela nossa mente, enquanto assistimos à fragilidade e à morte do velho actor, à ressonância em nós dos bombardeamentos (em plena II Guera Mundial) e ao desmoronamento inevitável daquela companhia . No fim todos perdem ou todos ganham, como em tudo, depende sempre do ponto de vista. O mais tocante é sempre a questão dos sentimentos, os amores claros ou ocultos, a dedicação, o acreditar, a ideia de necessidade... Teria sido necessária aquela representação, naquele dia, naquelas circunstâncias? Não teria sido melhor cancelar o espectáculo? O espectáculo não tem sempre que continuar...

domingo, 18 de outubro de 2009

Andando...

Ontem, vi o filme japonês "Andando", agora, em exibição nas salas de cinema. Vale a pena ver, por muitas coisas, sobretudo pelo que nele há de universal - os sentimentos, o sofrimento, a perda, as relações familiares, as subtilezas, o não dito, o silêncio, as nódoas negras que todos transportamos ... - mas, também os costumes e as marcas de uma cultura profunda.

domingo, 6 de abril de 2008

Uma dor que não acaba

Há muito tempo que a via sozinha. Deixei de ver o filho, mas não imaginei o pior. Ontem, disse-me: - O meu filho já cá não está. Já não tenho o meu filho.
Quantas vezes esta senhora me falou do filho! De como permaneceu com ele mesmo quando todos o abandonaram e teve de escolher entre ele e o resto da família; de como lutou por sucessivas recuperações; de como acreditou ao mais pequeno sinal: - Viu o meu filho, está tão bonito! Não parece o mesmo, engordou, tratou-se; de como vigiou o consumo com medo de uma overdose; de como continuava a trabalhar a dias, mesmo reformada e com mais de sessenta anos. Agora ele morreu. O inferno acabou, mas o vazio que a consome é-lhe insuportável.