Há 70 anos (6 de Agosto de
1945), caiam, em Hiroxima e Nagasáqui, no Japão, duas bombas atómicas. Morreram, nos minutos seguintes, de 40 a 80 mil pessoas e, depois, nos dias, semanas, meses
e anos, continuaram a morrer pessoas, devido ao efeito radioativo.
Os sobreviventes (crianças na
altura) ainda choram os seus mortos e as suas vidas. Vão chorar sempre. E o
mundo? O mundo não chora? Parece que não, está tudo no passado, lá longe, nos
arquivos da II Guerra Mundial. Não aprendemos nada. Muitos países têm capacidade
nuclear e outros que não a têm querem tê-la. O raciocínio parece viciado: ter
armas nucleares (com todos os perigos que as mesmas representam) com a intenção
de nunca as usar. Apenas, para dissuadir, amedrontar. O raciocínio devia ser: se
não quero usar uma coisa, simplesmente, não a construo. Ponto final. O pior é
que as relações internacionais são tudo menos raciocínios lineares.