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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Dia Internacional da criança - o direito à saúde

 O homem deixou, na mesa, um maço de notas e disse à mulher, através de gestos, (talvez fosse surda-muda), que eram para levar menino ao médico.

Sete, oito, anos, estendido numa esteira, ardendo em febre, olhos fechados, imóvel, com uma fragilidade que dói e assusta, porque se pressente o pior, o menino ali está.

Se fosse um país desenvolvido, teria sido assistido, a tempo e horas, num hospital e um antibiótico ou outro medicamento ter-lhe-iam salvo a vida. Mas, naquele subúrbio insalubre, duma imensa cidade asiática, o destino seria provavelmente outro.

Foi muito tempo a mais a tentarem arranjar aquele dinheiro, e o menino não resistiu. O tal senhor que tinha deixado o maço das notas (talvez o pai), chega para o funeral, há muita gente, a mãe não está só…, cumprem-se os rituais religiosos e o menino parte.

 

(Sobre um documentário, de que já não recordo o nome).

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