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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Lá longe, a França


Nenhuma memória é mais real, mais marcada e mais continuada na minha vida do que a da emigração. Naqueles idos anos sessenta, a França era uma realidade diária, estava nas ruas, nas conversas e nas vidas de todos os habitantes. Se víamos duas ou mais pessoas a conversar na rua era quase certo que falavam de familiares a viver em França.
Não havia família que não tivesse alguém naquele país. Em muitos casos, todos estavam lá, tinham ficado, apenas, os avós, já de idade. O mesmo acontecia com a minha família. De algum modo, eu, a minha mãe, os meus irmãos, os meus avós, tal como o resto das pessoas daquela terra, também estávamos vivendo nos arredores de Paris.

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