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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ser para o outro

Olhamos à volta no mundo conturbado dos nossos dias e muitas categorias e valores que, antes, julgávamos, para sempre, adquiridos começam a desmoronar. Passámos tempo demasiado, tudo submetendo à política e, ultimamente, submetendo toda a política à economia. Caímos nisto: uma recessão presente, e talvez futura, que põe em causa muitos direitos humanos. Precisamos, para não ir ao fundo, de uma nova radicalidade para o viver com os outros, capaz de criar fraternidade,justiça, sustentabilidade...
Apetece convocar Lévinas e a ética da responsabilidade por outrem. O ser humano antes de ser uma liberdade e uma razão, é uma responsabilidade. É a responsabilidade por outrem o que nos constitui como indivíduos únicos, insubstituíveis e nos realiza humanamente. São as respostas aos apelos e às solicitações do outro, o que verdadeiramente nos incumbe. Há aqui uma radicalidade fácil de perceber, mas difícil de levar à prática, sabe-mo-lo. .

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