Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quando tudo vale...

A multiplicidade de referências, aparentemente ilimitada, que os meios de comunicação, e particularmente a internet, põem na casa de cada um, não cria comunidade, proximidade, partilha e compromisso. Já ninguém luta por uma utopia, crescem, em vez disso, os individualismos, pessoais ou de grupo, com objectivos focados em que não se descortina o interesse geral. Tudo é efémero, precário, transitório, relativo. Mas se vale tudo e tudo se equivale, ao limite, nada vale. O vazio e o caos axiológico estão a uma curta distância.
Contudo, convém ter presente que nada é linear quando se trata de valores, há sempre contradições, paradoxos - por exemplo, a par da relatividade valorativa que caracteriza o mundo actual, crescem nalgumas sociedades os fundamentalismos mais exacerbados, sobretudo, os de natureza religiosa – e movimentos que levam à emergência de novos valores – diversidade, criatividade, ambiente, lazer, consumo, culto do corpo, competitividade … - que podem ou não tornar-se, no futuro, valores sedimentados, isso dependerá da discussão e da crítica que sobre eles fizermos no presente.

Sem comentários: