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domingo, 6 de junho de 2010

Ajuda humanitária de uns, desumanidade de outros

Seis barcos foram atacados pela tropa israelita. O problema não é de hoje, e o impasse internacional também não. Israel continua o bloqueio à Faixa de Gaza, mesmo tratando-se de ajuda humanitária. Num dos barcos de nacionalidade turca nove pessoas foram mortas a semana passada, a justificação foi a de que depois de avisados, ao serem interceptados, reagiram com violência. É normal que os porta-vozes respectivos digam isto para justificar o injustificável; mas não é normal que ninguém, muito menos um povo inteiro, seja privado do direito a uma vida digna.
Mas, obviamente que do lado dos palestinianos não há só vítimas, há violência organizada, o Hamas não é inocente, é evidente que não é, mas tem de haver um entendimento mínimo, que gere a confiança necessária a um processo de paz. É tempo de mais para tanta aniquilação, é tempo de mais para tanta gente armada, para tantas bombas a cair de ambos os lados…
A proposta que tem vindo a ser trabalhada, por parte dos Estados Unidos e da ONU, dois estados e um estatuto especial para a cidade Jerusalém, que todos querem e ninguém aceita dividir, não parece descabida e tem de ser possível. Sem uma solução para a Palestina, o fundo é cada vez mais fundo e a luz cada vez mais ténue. Às vezes a sensação é de noite escura, terreno propício ao extremismo, como todos sabemos.

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