Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Haiti, será uma reconstrução justa?

Desejo, espero, que não se repitam, no Haiti, as respostas de sempre. Reuniões e mais reuniões, muitos doadores, muitas intenções, mas também muita política… Parece sempre nestes casos faltar o essencial: uma nova ideia de desenvolvimento que seja justa e eficaz.
Tive um sonho, sonhei que, desta vez, vão empenhar-se em construir um país justo, um país que possa alimentar, cuidar e educar todos os seus habitantes. Um país onde as condições de partida sejam capazes de garantir igualdade de oportunidades, como num filme de que não recordo o nome, com a Michelle Pfeiffer, que, perante uma turma de adolescentes rebeldes, violentos, malcomportados, sem sucesso escolar, ensaia uma estratégia: agora, é como se todos estivessem no nível mais elevado, todos tivessem obtido a melhor nota, a partir daqui ou conservam a nota, e lutam por isso com os meios e os apoios que vão ter ao dispor, ou deixam que se reduza, mas não dirão que não tiveram as mesmas oportunidades. Há o empenho, o compromisso, a decisão, a participação de todos.
Isto mesmo se devia passar no Haiti, criar condições de partida de igualdade de oportunidades, ninguém pode ficar nas margens, e depois motivar as pessoas, responsabiliza-las, convencê-las de que o futuro depende do trabalho delas, são elas que decidem, têm meios e ferramentas, para tal.
Como no filme, haverá problemas, muitos problemas, estes, não se extinguem por mágica, mas haverá, igualmente, inter-ajuda, superação, auto-estima e sucesso. Haverá o que falta há séculos, para não dizer desde sempre, ao povo haitiano.

Sem comentários: