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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O terror de sempre

28 De Dezembro, numa cidade paquistanesa, durante uma procissão de xiitas, minoria religiosa naquele país, várias explosões massacram e matam mais de trinta pessoas. Pânico, medo, terror… É a negação do ser religioso. É a antítese. A liberdade religiosa, direito humano, é, nestas paragens, letra morta, uma não questão, pois não há o mínimo respeito pela pessoa humana. O que leva estes seres, ditos religiosos, em nome de um Deus (que por acaso é o mesmo de todos os outros, os que crêem), a matar o seu semelhante? Entender isto é impossível. Ninguém pode, nem os próprios, se se afastarem, o mínimo que seja, do fundamentalismo mais radical.
Não entendemos, apesar da evidência, como o terror invadiu os nossos dias, as nossas vidas, as nossas cidades, ameaçando conduzir-nos a uma paranóia colectiva, veja-se o que aconteceu nos últimos dias ao cidadão nigeriano que tinha todo um aparato policial e anti-terrorista à sua espera no aeroporto de Detroit, só porque, por coincidência, era nigeriano, tinha apanhado um voo Amesterdão-Detroit, foi várias vezes à casa de banho durante o voo, o mesmo que um compatriota seu fizera, uma semana atrás, esse sim, envolvido em explosivos que tencionava fazer explodir. A que níveis de violação dos direitos individuais chegará a suspeição? Não precisa de se provar nada, suspeita-se, actua-se. Por mais que nos custe, talvez tenha de ser assim, já que os riscos que se correm podem ser demasiado graves.

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