Os direitos humanos
– os direitos do outro ser humano – incumbem a cada um de nós e
não, apenas, aos Estados e instituições que, progressivamente, têm
vindo a criar leis para controlarem a violência, para garantirem
condições mínimas de vida e de sobrevivência. Contudo, não é
animador o que existe e o que nos espera, só um compromisso mais
radical, mais originário, pode criar a responsabilidade e a
fraternidade universais, algo anterior ao Estado e às leis, presente
no face a face de que fala Lévinas, nesse encontro com outro, a quem
acolhemos como rosto e não como objecto, seja esse outrem quem for e
esteja em que situação ou circunstância estiver.