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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Crise, sempre há dias de sol

Mesmo no Inverno mais rigoroso, há sempre dias de sol. Por maior que seja a crise, por maior que seja o sofrimento e a descrença, a ideia de que há sempre uma saída não pode abandonar-nos. São cada vez mais as famílias insolventes, os desempregados, os que precisam de ajuda. Muitos recorrem à igreja e outras a instituições, onde parece haver sempre alguma coisa para dar. Solidariedade, existe e precisa-se. Acreditamos que nem tudo está perdido; acreditamos que são apenas dias de Inverno.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Idosos

Saiam do hospital, da consulta externa de cardiologia. Tinham ambos oitenta e muitos anos, usavam bengala, cada um apoiando-se nela, ao mesmo tempo que se apoiavam um ao outro com o braço livre. Não era fácil ver quem apoiava quem, tal era a fragilidade dos dois. Esperavam um táxi, naquele dia chuvoso de início de Setembro. Quando o táxi chegou, tiveram de descer cinco ou seis escadas, o que parecia algo impossível; a dificuldade dela em mexer os pés, em começar a andar, impressionava; ele atento, a querer ajudar, sem poder, que afinal era quem mais precisava de ajuda, foi ela que o apoiou, deu-lhe a mão e desceram. Entretanto, o motorista, já fora do carro, ajudou-os a entrar. Partiram, espera-os, à chegada a casa, o mesmo esforço, a mesma dificuldade, a mesma preocupação, preocupação de um pelo outro, disso tenho a certeza. Não sei se estas pessoas são já vítimas dos cortes no transporte de doentes às consultas, talvez sejam, é certo que, se fossem numa ambulância, teriam outro apoio e outro conforto. Sempre foi difícil ser velho, mas temo que seja cada vez pior.










quinta-feira, 16 de junho de 2011

O desmoronar da Grécia

Assistimos às imagens da greve geral, aos confrontos com a polícia, e vemos no ar um misto de desespero, de baixar os braços, como que a adivinhar a queda. Mas de que cai a Grécia? De que caem os gregos? São todos culpados ou há uns mais culpados do que outros? Sempre se construiram e desmoronaram impérios, sempre se  fizeram e desfizeram civilizações,  por poder e ganância, sempre se espalharam as guerras e os  infortúnios... 
Hoje, parece claro que só mudaram as tropas e os canhões,  o infortúnio é o mesmo. Chamam-lhe mercados, economia global,  dívida externa e  sei lá que mais. Pode lá ser!