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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A banalidade dos naufrágios


Temo a banalidade dos naufrágios no Mediterrâneo; temo que, qualquer dia, se tornem em não notícia, passando a considerar-se como algo de tal modo normal que já  não nos perturba. Temo que se deixe de questionar o que está verdadeiramente em causa: a impossibilidade de “fechar”, nos seus países, pessoas na mais extrema pobreza.
Quando Hannah Arendt, ao presenciar a forma como os carrascos nazis se referiam, sem qualquer pingo de emoção, às barbáries cometidas, falou da banalidade do mal, não sabia da tragédia dos emigrantes clandestinos , mas sabia da incapacidade dos seres humanos (de alguns seres humanos) se revoltarem e tomarem medidas sobre tragédias desta natureza.