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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Identidade(s)

Numa reportagem da televisão de Castilla-Leon, por terras de fronteira, Bragança e Sanabria, questionava-se sobre se há ou não a identidade do “transfronteiriço”, algo que corresponderia a ser habitante da fronteira, a ser de cá e de lá; ou se, como acontece noutros casos, é uma palavra vazia, ou quase. Quando perguntam à jovem portuguesa que trabalha, há anos, numa cidade do lado de lá da fronteira, responde: “não, sentimo-nos portugueses, somos portugueses, mas se me perguntam se quero ir para Portugal, digo que não, aqui vive-se melhor, o ordenado mínimo é quase o dobro”.

Parece, então, não serem as condições materiais que criam sentimento de identidade. Ninguém se sente transfronteiriço, o máximo que o repórter consegue, nisto de “confundir identidades” é: “somos uma coisa e outra, somos espanhóis e somos portugueses, somos como irmãos”, diz uma senhora espanhola responsável por um organismo ligado ao turismo.
Enquanto, um jovem presidente duma associação, ligada ao parque de Montesinho, diz: “há projectos ibéricos, com financiamento europeu, como o Museu da Máscara, mas nós temos as nossas coisas, eles têm a deles, há uma identidade nossa e uma identidade deles”. Impossível explicar melhor, não se diluem identidades culturais profundas, mesmo com usos e costumes próximos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A avó negra de Obama

Não sei nada de protocolos, nem do que é "politicamente correcto", mas gostava que Obama fosse ao Quénia em visita oficial e tirasse um dia para visitar a avó. Fizesse uma visita familiar, para olhar a sua terra, a sua casa, rezar aos seus mortos (uma oração cristã ou muçulmana, tanto faz), intuir o espírito dos seus antepassados e colher ramos de árvore para dançar com a avó aquela dança africana que ela dançou no dia da sua vitória.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pertenças, sou ou não sou daqui

Hoje fui à igreja do bairro que não frequento com nenhuma regularidade. Fui à missa. Mas o que mais me emocionou foi o antes a missa, as pessoas que estavam e iam chegando. O modo como se posicionavam, se cumprimentavam, falavam... Pareceu-me um espaço comum envolvendo dentro dele múltiplas pertenças: era o grupo do coro, que ocupando o lugar designado, se iam
cumprimentando à medida que chegavam, era um grupo da catequese, as crianças que vinham com a catequista e se sentavam juntas ocupando todo um banco, era o grupo de leitores... Todos falavam, trocavam breves conversas...
Fiquei a pensar: há aqui uma identidade, um sentimento de pertença que ajuda a viver, que faz bem, que compromete, que dá vontade de estar e de voltar ...
Eu não pertenço a nada. Sou quase uma estranha, e sinto pena ...