A
contradição do humano: tantos votos de paz e ao mesmo tempo tanta violência. Celebrou-se
a 1 de janeiro o dia mundial da paz. O Papa enviou uma mensagem a todos os
católicos, o diretor geral da ONU a todo o mundo, ambos, alertando para os
perigos e pedindo (exigindo) que mudemos de atitudes. Mas talvez, tudo continue
irremediavelmente na mesma.
Claro
que a violência tem muitas caras, muitos graus, muito confronto de interesses e
muito domínio de uns sobre outros. Não podemos pensar apenas nas guerras, na
fome, nas perseguições, nas limpezas étnicas, nos delírios dos que continuam a ameaça
nuclear…, temos de pensar nos desempregados, nos que, mesmo trabalhando, não ganham
para pagar as contas, dos jovens que saem à noite e morrem baleados à porta de uma
discoteca, da violência doméstica, dos que todos os dias ou nos mentem ou nos dizem
meias verdades, dos que nos atendem mal num serviço público ou privado…. Reagir
em nome da dignidade e da justiça é já uma atitude a favor da paz de cada um e de todos os outros.
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