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sábado, 10 de dezembro de 2011

Dia Mundial dos Direitos Humanos, o desemprego

Fixo a fila de desempregados, junto a um centro de emprego. Quem são estas pessoas? Que necessidades, lutas e sonhos, estão por detrás de cada um destes rostos? Não sei, mas podemos adivinhar que, nalguns dos casos, há muito que se ultrapassaram todos os limites.
Sempre escrevo sobre pessoas, mas por respeito, por impossibilidade de expor sentimentos, emoções e vidas que não me pertencem, não as nomeio. Não as nomeio, porque falo de mágoas, tristezas, risos e alegrias que são de outros, embora, se pensarmos bem, sejam de todos nós, de todos os seres humanos, de aqui e de lá. Somos mais parecidos do que julgamos, ainda que, muitas vezes, nos embrenhemos apenas no que nos distingue. É uma desculpa para fechar portas.
Hoje, dia mundial dos direitos humanos, celebramos, mas, ao mesmo tempo, não podemos esquecer que há direitos negados, ignorados e restringidos, mesmo em sociedades como a nossa. Olho de novo a fila. Aumentou. Já não são dezenas, são milhares, milhões, na Europa e no mundo. O desemprego é um problema grave de direitos humanos, porque o direito ao trabalho é, ao limite, o direito à auto-estima e à dignidade humana, algo fundamental, portanto.

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