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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Violência que parece não ter fim nunca

Na última semana, um homem em processo de divórcio mata a mulher, o filho de dois anos e suicida-se a seguir, numa aldeia ou vila do distrito de Viseu, julgo. Um outro homem, em Alcobaça, agride até à morte o filho, um bebé de 5 meses. Perante tamanha barbárie, dizer o quê? Monstros, dementes, ou ambas as coisas? Pobres vidas. Aparentemente pessoas integradas, pacatas, vivendo uma “normalidade” que não deixava suspeitas a familiares, amigos e vizinhos.
Agora, aparecem os comentadores de serviço (quase todos psicólogos, como estão na moda estes senhores!), que correm os diferentes programas de televisão, da manhã e da tarde, a comentar o sucedido, convocando um qualquer modelo teórico, um estudo tal ou qual, que tudo explica, não precisando de mais nada, ignorando tudo o mais, enquadramentos, contextos, história, realidades …, mas falando com uma autoridade que as vezes assusta. A mim assusta...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Esfaqueadas, mortas

Há poucos dias, mais uma vez, duas mulheres são mortas no quarto andar de um prédio, numa urbanização da linha de Sintra, não recordo exactamente o local. O indivíduo que as matou suicidou-se em seguida, deixando a porta de casa entreaberta para que alguém, eventualmente, se apercebesse da tragédia ali ocorrida. Coisa tremenda, mas infelizmente não encerra nada de insólito, já vimos outros casos no passado e veremos outros no futuro, é que para a violência doméstica terminar não chega existirem leis, é necessário existir sensibilidade, proximidade, vizinhança e compromisso de denúncia e de acção, é uma questão de cidadania e não apenas daquelas pessoas. Quando se questionam os moradores do prédio, ninguém ouviu, ninguém viu, ninguém desconfiou..., "dizem que ela tinha 23 anos, que vivia com este senhor há três meses, que a relação não estava bem, que veio cá a casa com uma amiga, e aconteceu isto".

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Uma nódoa, muitas nódoas negras

Hoje, 25 de Novembro, dia Internacional contra a violência contra as mulheres, a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) lança uma campanha contra a violência de género. Um tipo de violência que atravessa toda a sociedade e todos os grupos sociais. É, porventura, um problema tão velho como a humanidade, mas isso não é nenhuma atenuante, ao contrário, devia envergonhar-nos, por ainda não termos sido capazes de acabar com esta violação dos direitos fundamentais. Trata-se de algo absolutamente condenável, é o não respeito pela dignidade e a integridade da pessoa humana. Fala-se também cada vez mais da violência entre jovens namorados, uma situação incompreensível e preocupante, mais ainda quando acreditávamos ser o namoro um tempo de paz e de felicidade. Em qualquer ponto, ou em muitos pontos, a família, a escola e a sociedade falharam e falham. O problema parece sair-nos das mãos, tal é a evidência.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Caída no chão, morta

Aquela imagem da jovem morta, numa rua de um bairro portuense, que entretanto a polícia já resguardou com uma cobertura, não me sai da cabeça. A jovem assassinada pelo marido ou companheiro levava a filha de ambos, de oito meses, ao colo. Mas nem isso evitou a tragédia. Conseguem imaginar maior barbárie? Conseguem imaginar maior monstruosidade? Eu não.
Como ela muitas outras mulheres, trinta e tal, já morreram no que vai de ano. Justiça, cadeia para os assassinos, claro. Mas, por favor, percebam que isso não chega, é preciso ir mais fundo, é preciso ir à família, à escola, à sociedade. Todos somos um pouco responsávéis.