Na semana passada  houve notícias  de actos de violência em várias escolas, noticiados pela comunicação social: numa escola do 1º ciclo na Ajuda, Lisboa, os pais fecham a escola  contra a falta de segurança e de auxiliares de educação, acusando sobretudo meninos de etnia cigana ; numa escola do 2º e 3º ciclos em Alcabideche um aluno esfaqueia  um colega que tem de ser hospitalizado; numa  outra escola de Mangualde um aluno agride a socos e pontapés uma professora por causa de um telemóvel. Atitudes destas parecem multiplicar-se por muitas outras escolas.  As razões, há muitas, umas mais visíveis que outras; as soluções, há poucas e todas  muito difíceis. O problema tenderá a agravar-se, porque as tensões em ambiente escolar  se têm vindo a degradar.
Na verdade não são os "Magalhães", os quadros electrónicos e toda a tecnologia, que se crê necessária, que constroem relações humanas - a base da escola e da educação - é a proximidade, a comunicação, o compromisso, o cada um ser capaz de se sentir responsável pelo outro,   sem esperar nada em troca. Cada vez nos afastamos mais, qualquer dia, vamos dar-nos conta que nas escolas a desumanidade tomou o primeiro  lugar, é o salve-se quem puder e a qualquer preço.