Pesquisar neste blogue

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Ser humano


Ao nível do senso comum, se perguntássemos a alguém: - Quem somos? Todos responderiam: - Somos seres humanos. Pertencer ao género humano é o que nos identifica, independentemente de raças, etnias, culturas, crenças…
Se continuássemos a questionar, todos chegariam a dizer que ser humano significa pensar, falar, escolher, decidir e agir – tudo um conjunto de características que identificamos com o ser pessoa, com aquilo que é comum à humanidade.



terça-feira, 27 de novembro de 2018

Direitos Humanos - o acordo ético


Os direitos humanos são, hoje, o acordo ético mais largamente partilhado. Praticamente, todos os países assinaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Constituem, por isso, uma importante base  ética, de princípios universais, que o 1º princípio, desde logo, sintetiza de forma clara: «Todos os seres humanos nascem livres e iguais em igualdade e direitos. Dotados de razão e consciência deviam agir uns com os outros em espírito de fraternidade».

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Contra atitudes racistas, deixo um poema


Num programa televisivo, pergunta Herman José à escritora Margarida Rebelo Pinto se já teve um namorado "colorido" ,  ela responde: "Não, não sou dada a etnias"). Dos presentes, só a artista Sara Tavares não achou piada. Eu também não achei.


A cor que se tem 


Quando for crescida
Hei-de inventar
Um perfume de encantar.


Quem o cheirar
há-de ficar
com a cor da pele
que mais gostar.


Branco ou amarelo
Se preferir
Preto ou vermelho
É só decidir.


 Para alegrar
até vou pensar
Outras cores acrescentar.


 Cor de rosa
Verde ou lilás
São cores bonitas
E tanto faz.


 E assim,
Há-de chegar
O dia de acreditar
Que o valor de alguém
Não se pode avaliar
Pela cor que se tem.


 E então,
Tudo estará bem.
                                 (Poesia de Maria Cândida Mendonça)
  


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Quando as mortes são evitáveis...

Quando olhamos as imagens da estrada que abateu em Borba e matou cinco pessoas, ladeada por duas grandes pedreiras, dois enormes buracos, um de 90 metros de profundidade, ao comum dos cidadãos parece quase impossível que o desastre não tivesse acontecido há mais tempo.

Degladiam-se agora as diferentes autoridades: de quem é a culpa? Quem devia ter feito e não fez? Quem informou que era segura, não o sendo...? Ou seja, vamos ver se, por entre os pingos da chuva, ninguém vai assumir responsabilidades.
É tão  triste esta situação! Espero que outras situações similares tenham das autoridades competentes o acompanhamento devido. Eu  própria vivo perto de uma casa  que ameaça continuar a ruir e pode cair  para a estrada municipal, onde todos os dias passa gente.


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A greve dos estivadores


Os estivadores do porto de Setúbal, onde 90% são trabalhadores precários, ameaçam paralisar a Autoeuropa, a grande fábrica alemã de automóveis.
De repente, a sua luta ganha dimensão, escala; de repente, o trabalho deles torna-se visível, nas filas intermináveis de carros novos que não foram embarcados. Agora, pode ser que alguém os receba e oiça, com atenção, o que têm para dizer. Trabalham na precariedade mais absoluta, alguns há vinte anos, contratados ao dia, através de uma mensagem no telemóvel, isto parece uma coisa impossível de acontecer, mas acontece.
Espero mesmo que a fábrica pare. Espero que o problema deles seja notícia não apenas cá, mas noutros sítios e se perceba a importância de um trabalho com direitos. (Pena que tenha de ser assim, depois de muitos dias de greve, com transtornos para os próprios e suas famílias).


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O Centenário do Armistício


Sábado e domingo, decorreram, em Paris, com pompa e circunstância, as comemorações do final da Primeira Grande Guerra. Nove milhões de soldados mortos, uma tragédia incalculável. Muita gente não tinha a noção exata ou sequer aproximada do que aconteceu.
Houve simbolismo e cerimónias tocantes. Foi bonito ver a chanceler alemã emocionar-se, e Macron, também (vencidos e vencedores, agora juntos). Foi bonito perceber que os discursos tinham um compromisso claro com a paz, entre os povos e os países. Uma paz que não acontece por acaso, tem de se querer, tem de se construir.
Há uma maldade humana sempre à espreita; é muito ténue o que separa a civilização da barbárie.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Os que gritam por justiça...


Podemos dizer que a justiça está para as sociedades, como a liberdade está para os indivíduos; não é possível uma organização social sem uma noção de justiça, e esta varia conforme o entendimento que temos do mundo e da vida, sobretudo dos governos que a cada momento executam políticas. 
Em sociedades tão abertas como as atuais, a discussão tem de ser sobre uma noção de justiça  que inclua em vez de excluir. Estamos muito longe disso; bastaria olhar, agora mesmo, para as caravanas de migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos ou para as multidões de refugiados que cruzam as fronteiras em vários lugares do mundo, para se perceber a urgência em encontrar outras respostas .